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quinta-feira, 20 de abril de 2017
Monólogo
Ele:
-Em que sentido te atraio?
Ao que se refere?
Ao meu corpo?
Ela:
-Não só o corpo...
Ele:
-E o que vê?
Ela:
-Me refiro ao que não vejo.
-O que vejo também me atrai.
Ele:
E o que você não vê?
Ela:
Você não entende... né? Vou explicar.
-Mas é o que não vejo, o que me fascina!
-Não vejo o seu sorriso.
-O seu jeito de olhar...
-Não sei se franze a testa quando está pensativo...
-Não conheço sua risada...
-Não sei sobre os teus medos...
-Não conheço as histórias por trás de suas cicatrizes de criança...
-Se você se apaixonou...
-Sua primeira vez...
Ela tinha sardas?
Ele:
- (Risos...) como cair do muro?
Ela:
-Ah! Meninos são traquinas... rs
-Fazem folia...
-Evidente que machucam..., estão à descobrir o mundo!
-Hmmm... mas não sei se gosta de sorvete.
-Não sei o sabor...
Ele:
-Quando jovem me apaixonei. Chorei, implorei e deixei ir... por amor. Eu morri aquele dia!
Ela:
-Sabe de uma coisa?
-Li outro dia, que quando encontramos alguém que achamos ser nossa alma gêmea, na verdade é
mesmo!
Mas elas existem para nós amarmos e deixá-las ir...
-Muitas vezes achei que encontrei... e as vi ir...
-Mas elas veem nos ensinar algo.
Todas estas pessoas vieram até você por algo. Aprenderam e ensinaram também.
Mas nem sempre compreendemos...
Pois o nosso sentir é muito intenso.
Por isso dói tanto, quando eles partem...
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